O sonho da República Dominicana de chegar ainda mais longe no Mundial da Itália esbarrou no Brasil, nesta sexta-feira (10), em Milão. Apesar da classificação antecipada à semifinal, o time de Sheilla e Camila Brait encarou o último desafio da terceira fase com seriedade, de olho na primeira posição do Grupo H.
E quem sofreu foi o elenco caribenho, em especial De La Cruz, que nada pôde produzir para ajudar sua seleção. Bem marcada, a ponteira foi uma coadjuvante de luxo de mais uma boa atuação das brasileiras, vitoriosas em 3 sets a 0 (25/19, 25/21 e 25/17). Foi o 11º sucesso seguido do Brasil, único time invicto da competição.
Apesar da tristeza pela eliminação, a República Dominicana pode se orgulhar de ter feito a melhor campanha da história, ficando entre os seis primeiros colocados. A melhor marca havia sido registrada em 1998, quando terminou em 11º. Já o Brasil, em sua terceira semifinal seguida, espera o fim da rodada para conhecer o adversário. A China também avançou no Grupo H. Nossa oposta Sheilla Castro somou 13 pontos na partida (9 de ataque, 3 de bloqueio e 1 de saque)
RESUMO DO JOGO:
RESUMO DO JOGO:
Brasil domina a R. Dominicana
De La Cruz e Rivera, embora sejam grandes atacantes, nunca foram lá muito regulares na recepção. E o Brasil sabe muito bem disso. Não por acaso, caprichou no saque no primeiro set. A primeira a desestruturar as oponentes foi Thaísa. Na sequência, Sheilla fez ainda mais estrago. Foi a deixa para o sexteto de amarelo começar a colocar pontos de vantagem. Pressionadas, as dominicanas sequer conseguiram exibir o famoso poderio ofensivo.
Até porque encontraram pela frente um bloqueio bastante pesado, sobretudo com Fabiana na rede. Quando a bola passava, Camila Brait, sempre bem posicionada, fazia milagre no fundo. Assim, a seleção desconstruiu qualquer prognóstico de embate equilibrado. Foi quase um passeio, a ponto de Zé Roberto, com 19 a 11, chamar Tandara e Fabíola para ajudarem. A inversão teve alguma dificuldade, mas soube conduzir a equipe até o triunfo em 25 a 19.
Saque volta a fazer a diferença
Atacante mais perigosa da República Dominicana, De La Cruz continuou a ser a mina dos olhos das brasileiras a cada saque dado. A camisa 18 sofreu e, com isso, não apresentou o mesmo poder de fogo no ataque. Com seu sempre venenoso saque rasante, Sheilla também fez a ponteira Rivera espirrar bola. E foi a partir da passagem da oposta pelo serviço que a seleção ensaiou o crescimento no placar.
Para tentar recolocar o time na parcial, Kwiek pediu tempo. Depois, promoveu a inversão do 5-1 com Angeles e Peña. Mas foi De La Cruz, no saque, que provocou uma pequena instabilidade do lado sul-americano. Com isso, o confronto saiu de 19 a 12 para 19 a 14, o suficiente para Zé Roberto pedir tempo. Em seu discurso, pediu a retomada da concentração. E a equipe entendeu. Tudo parecia sob o controle até Zé Roberto colocar Fabíola e Tandara. A inversão novamente não funcionou, e Dani Lins e Sheilla tiveram que voltar para ajudar o Brasil a fechar em 25 a 21.
Com Sheilla no saque, Brasil deslancha
Com 2 a 0 no marcador, o Brasil relaxou no terceiro set. E aí complicou sua própria caminhada, trazendo de volta a República Dominicana para a partida. Quem aproveitou foi De La Cruz, que voltou a pontuar com mais facilidade. Peña, que entrou no lugar de Martinez, também ajudou. Desta forma, o confronto ficou arrastado, com a seleção sem conseguir jogar com mais folga. Mas Sheilla, novamente no saque, mudou a história do set.
Com isso, o placar saiu de 10 a 10 para 14 a 10. A partir daí, a seleção deslanchou e criou uma confortável gordura. Mas, mesmo com tamanha vantagem, não perdeu o foco e nem a entrega. Em um dos melhores lances da parcial, com direito a belas defesas dos dois lados, Fabiana cravou no limite da linha para colocar 19 a 11 no marcador. Foi a deixa para Zé Roberto trocar Sheilla por Tandara e Jaqueline por Natália. Adenízia também entrou para participar do tirunfo em 25 a 17.
(Texto: Saque Viagem)
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