Como de praxe, as primeiras especulações acerca do mercado do vôlei começaram cedo, bem antes da finalização oficial da temporada. O burburinho estava mais para 'burburão'. Demorou, mas o boato foi comprovado: após duas temporadas Sheilla se despede de Osasco.
Há algum tempo muitos sites e portais esportivos já davam por certa a saída da oposto. No entanto, foi só na última quinta-feira (15) que o Molico/Osasco confirmou a saída da camisa 13 agradecendo-a, em nota, por toda dedicação e comprometimento com a empresa e com a marca.
Sheilla, que certamente defenderá o Vakifbank da Turquia na próxima temporada, revela que pretende retornar as quadras osasquenses. "Fui muito feliz nesses dois anos aqui no Molico/Osasco. Só tenho a agradecer a todos que fizeram parte desta família. Desde a diretoria e comissão técnica até as jogadoras e, aqueles que, de alguma forma, fazem este time acontecer. Um agradecimento especial à família Nestlé e Molico por todo o respaldo que oferece ao time. Sem contar que a torcida é simplesmente fantástica. Cada um de vocês ficará para sempre na minha memória e no meu coração. Não se trata de um adeus e sim um até breve. Tenho certeza que ainda estaremos juntos novamente" - declara.
O pronunciamento do clube pôs um ponto final na história. Acabara com a ansiedade. E acabara também, devo admitir, com esperança que eu ainda alimentava de uma renovação. Teoricamente eu já sabia que assim se seguiria. Entretanto, "a esperança é a última que morre" é tão verdade quanto é clichê.
"Poxa Andressa, lembrei imediatamente de você quando me pediram para escrever a matéria sobre a saída dela" - me disse o assessor do clube. Ele, bem como outros tantos, sabia do quanto essa notícia me entristecia. Meses atrás, antes mesmo das especulações, eu havia lhe contado que esperava ansiosamente pela matéria que afirmasse o contrário: a renovação do contrato. Ironias da vida: ele não a escreveu, eu não a li.
A confirmação oficial me entristeceu como poucas coisas já conseguiram. É tão careta e ao mesmo tempo tão necessário reconhecer que as mudanças acontecem porque precisam acontecer. A vida é esse incessante abrir e fechar de ciclos. Precisamos aprender a lidar.
À Sheilla, deixo meus parabéns pelos dois anos que passaram e pela competência com que encerra mais este ciclo de sua vida. Sou imensamente grata pelo tempo em que esteve no Osasco. Foi maravilhoso torcer por ti em uma equipe tão bonita, unida e guerreira. Foi maravilhoso ver seus olhos sorrindo junto com seu sorriso cada vez que entrava em quadra. Foi maravilhoso acompanhar sua inquestionável evolução técnica. Foi maravilhoso vê-la jogar tão solta, confiante, chamando a responsabilidade e decidindo. E foi mais que maravilhoso tê-la conhecido neste local. Minha admiração pela pessoa e atleta Sheilla são imensuráveis. As palavras não dão conta de sua grandeza.
Eu, assim como todos os torcedores osasquenses, devo agradecer pela passagem impressionante que fizeste pelo time. Por toda a dedicação e empenho que sempre demonstrou. Por ter vestido a camisa e a alma da equipe. Por ter defendido esse grupo dentro e fora das quadras. Ê Sheillinha você honrou essa camisa como poucos se atreveriam, brigou pelo justo e pelo leal. Seu nome fica, eternamente, na história e no coração da equipe. MUITO MUITO MUITO OBRIGADA!
Em breve uma nova etapa se iniciará, você alçara novos vôos. A saudade será frequente. O Molico/Osasco e o vôlei brasileiro perdem sua estrela mais reluzente. Sei da sua competência e por isso tenho certeza que tomou a decisão mais acertada. Meus desejos mais sinceros é de que a próxima fase seja tão colorida e gloriosa quanto a que terminou. Que você brilhe lá fora ainda mais do que brilhou aqui. Que sua felicidade seja ainda mais intensa e constante. Que muitos pódios e medalhas estejam no seu caminho. Meu time, como costumo dizer, é o time em que estiver jogando. Minha torcida é sua independente de qual for a circunstancia. Vai Sheillinha! Vai! Vai que o mundo é seu!
Há algum tempo muitos sites e portais esportivos já davam por certa a saída da oposto. No entanto, foi só na última quinta-feira (15) que o Molico/Osasco confirmou a saída da camisa 13 agradecendo-a, em nota, por toda dedicação e comprometimento com a empresa e com a marca.
Sheilla, que certamente defenderá o Vakifbank da Turquia na próxima temporada, revela que pretende retornar as quadras osasquenses. "Fui muito feliz nesses dois anos aqui no Molico/Osasco. Só tenho a agradecer a todos que fizeram parte desta família. Desde a diretoria e comissão técnica até as jogadoras e, aqueles que, de alguma forma, fazem este time acontecer. Um agradecimento especial à família Nestlé e Molico por todo o respaldo que oferece ao time. Sem contar que a torcida é simplesmente fantástica. Cada um de vocês ficará para sempre na minha memória e no meu coração. Não se trata de um adeus e sim um até breve. Tenho certeza que ainda estaremos juntos novamente" - declara.
O pronunciamento do clube pôs um ponto final na história. Acabara com a ansiedade. E acabara também, devo admitir, com esperança que eu ainda alimentava de uma renovação. Teoricamente eu já sabia que assim se seguiria. Entretanto, "a esperança é a última que morre" é tão verdade quanto é clichê.
"Poxa Andressa, lembrei imediatamente de você quando me pediram para escrever a matéria sobre a saída dela" - me disse o assessor do clube. Ele, bem como outros tantos, sabia do quanto essa notícia me entristecia. Meses atrás, antes mesmo das especulações, eu havia lhe contado que esperava ansiosamente pela matéria que afirmasse o contrário: a renovação do contrato. Ironias da vida: ele não a escreveu, eu não a li.
A confirmação oficial me entristeceu como poucas coisas já conseguiram. É tão careta e ao mesmo tempo tão necessário reconhecer que as mudanças acontecem porque precisam acontecer. A vida é esse incessante abrir e fechar de ciclos. Precisamos aprender a lidar.
À Sheilla, deixo meus parabéns pelos dois anos que passaram e pela competência com que encerra mais este ciclo de sua vida. Sou imensamente grata pelo tempo em que esteve no Osasco. Foi maravilhoso torcer por ti em uma equipe tão bonita, unida e guerreira. Foi maravilhoso ver seus olhos sorrindo junto com seu sorriso cada vez que entrava em quadra. Foi maravilhoso acompanhar sua inquestionável evolução técnica. Foi maravilhoso vê-la jogar tão solta, confiante, chamando a responsabilidade e decidindo. E foi mais que maravilhoso tê-la conhecido neste local. Minha admiração pela pessoa e atleta Sheilla são imensuráveis. As palavras não dão conta de sua grandeza.
Eu, assim como todos os torcedores osasquenses, devo agradecer pela passagem impressionante que fizeste pelo time. Por toda a dedicação e empenho que sempre demonstrou. Por ter vestido a camisa e a alma da equipe. Por ter defendido esse grupo dentro e fora das quadras. Ê Sheillinha você honrou essa camisa como poucos se atreveriam, brigou pelo justo e pelo leal. Seu nome fica, eternamente, na história e no coração da equipe. MUITO MUITO MUITO OBRIGADA!
Em breve uma nova etapa se iniciará, você alçara novos vôos. A saudade será frequente. O Molico/Osasco e o vôlei brasileiro perdem sua estrela mais reluzente. Sei da sua competência e por isso tenho certeza que tomou a decisão mais acertada. Meus desejos mais sinceros é de que a próxima fase seja tão colorida e gloriosa quanto a que terminou. Que você brilhe lá fora ainda mais do que brilhou aqui. Que sua felicidade seja ainda mais intensa e constante. Que muitos pódios e medalhas estejam no seu caminho. Meu time, como costumo dizer, é o time em que estiver jogando. Minha torcida é sua independente de qual for a circunstancia. Vai Sheillinha! Vai! Vai que o mundo é seu!
RETROSPECTIVA: Momentos inesquecíveis que ficam na memória de quem acompanhou
• abril - agosto de 2012
Enquanto Sheilla se preparava para as Olimpíadas de Londres com as companheiras da seleção, sites esportivos diversos divulgavam avidamente sua transferência para o Sollys/Osasco. Cada dia novas pistas eram anunciadas e as peças do quebra cabeça iam se encaixando. E eu torcia. Meus dedos doíam devido o monte de figa que os obriguei a fazer. Os deuses todos já deviam estar fartos de mim pelo tanto que pedi para que fosse verdade.
Entendam: minha ligação com a Sheilla sempre falou mais alto que com qualquer time. Brinco até que sou torcedora do Sheilla Castro Voleibol. No entanto, sempre tive uma quedinha pelo Osasco: esse time tem um quê de especial. Foi em agosto, mais precisamente no dia 11, após o bicampeonato olímpico brasileiro, que o site oficial do Osasco divulgou uma matéria com a seguinte frase: "O Sollys/Nestlé é o clube que mais cedeu atletas para a Seleção Brasileira. Pertencem ao time laranja as centrais Adenízia e Thaisa; as ponteiras Jaqueline e Fernanda Garay e a oposto Sheilla". A-há, então era verdade! Boatos confirmados e se iniciava uma história linda e vitoriosa.
• 29 de agosto de 2012
Acontecia na sede da Nestlé, em São Paulo, a apresentação oficial da equipe do Sollys/Osasco para a temporada 2013/14. Entre as grandes novidades estava Sheilla: o novo reforço do clube.
"Estou muito feliz por estar representando a equipe. Esse interesse é antigo e desta vez conseguimos concretizá-lo e estou muito contente. Nosso objetivo será tentar trazer o maior número de conquistas" - disse.
Se firmara ali o elenco mais bonito da história do voleibol. Um grupo forte e vitorioso que conquistou importantes títulos e encantou torcedores.
Se firmara ali o elenco mais bonito da história do voleibol. Um grupo forte e vitorioso que conquistou importantes títulos e encantou torcedores.
• 6 de setembro de 2012
Vencendo com tranquilidade o Boca Juniors (Argentina) por 3 sets a 0 o Sollys/Osasco consagrou-se, de modo invicto, o tetra-campeão do Campeonato Sul-Americano de Clubes. Este foi o primeiro de uma sequência de títulos e pódios de Sheilla com a equipe paulista. À camisa 13 não bastou a medalha dourada, com desempenho admirável foi eleita, merecidamente, a melhor jogadora da competição.
• 19 de outubro de 2012
Em Doha, no Qatar, a equipe do Sollys/Osasco atropelava o Rabita Baku do Azerbaijão por 3 sets a 0 e conquistava o inédito Mundial de Clubes.
"Saímos com o dever cumprido e com a certeza que jogamos muito bem a competição. Hoje o Brasil é, sem dúvida, o melhor país quando o assunto é voleibol. O Brasil agora é o país do vôlei” - comentou Sheilla. E de fato a oposta, novamente, não saiu só com o tão almejado troféu. Foi eleita melhor jogadora e maior pontuadora do campeonato, carregando consigo mais dois prêmios individuais para sua estante gloriosa.
• 31 de outubro de 2012: Torcedores do vôlei e do Sollys/Osasco foram surpreendidos com uma notícia chata: Sheilla havia sofrido um acidente doméstico e fraturará o quarto dedo do pé, o que a afastaria das quadras por tempo indeterminado.
•7 de novembro de 2012
Ainda lesionada, Sheilla foi carregada pelas amigas do time para comemorar mais um trunfo da equipe e um título inédito em seu currículo: o Campeonato Paulista de Voleibol.
Vencendo o Vôlei Amil por 3 sets a 0 no José Liberatti, as comandadas por Luizomar subiram ao pódio pela terceira vez consecutiva na temporada.
• 14 de dezembro de 2012: Após 45 dias sem jogar, Sheilla retorna as quadras e é decisiva na virada histórica (3 sets a 2) do Sollys/Osasco para cima do Sesi pela Superliga Feminina.
• 7 de abril 2012/13
A equipe osasquense conheceu seu primeiro grande revés na temporada. Após uma partida eletrizante Sheilla e companheiras viram o ouro escapar de suas mãos. Ficaram com a prata, no entanto, ainda no pódio.
Sheilla, com toda dignidade que lhe é peculiar reconheceu a vitória das adversárias e homenageou suas companheiras de time.
"Muito orgulho de vocês! Sair sem vencer é sempre doloroso, mas com certeza é menos quando temos um grupo deste! Amigo, guerreiro e acima de tudo campeão!" - escreveu a oposta em seu instagram
• 11 abril 2013: Não é novidade para ninguém, a temporada caminha para a reta final e as especulações do mercado começam a todo vapor. Contavam que Sheilla deixaria a equipe laranja e era peça certa no Sesi SP. Contrariando os boatos, Sheilla renova seu vínculo com a equipe osasquense. "O Sollys/Nestlé é uma grande equipe, com uma grande estrutura e tudo isso pesou na decisão de continuar (...) adorei trabalhar com todas as meninas e com o Luizomar". Notícia que levou uma legião de fãs e torcedores - eu inclusa - à comemoração.
Bem como no ano anterior, acontecia na sede da Nestle, a apresentação do time para a temporada. As novidades eram muitas: o Molico era o novo produto patrocinador do time e, com isso, mudara o ginásio, o uniforme da equipe.
Ao vestir o novo uniforme Sheilla foi alertada pela amiga e então companheira de clube Thaísa sobre um diferencial em seu uniforme. Luizomar de Moura e a comissão técnica da equipe haviam lhe presenteado com uma tarja que lhe coube perfeitamente bem: a de capitã.
"Estou muito feliz na confiança da comissão técnica depositada em mim. Acho que será um ano maravilhoso" - disse Sheilla. E assim foi.
• 1 de dezembro de 2013
Com a timidez que lhe é própria, Sheilla erguia seu primeiro troféu como capitã. Em um empolgante e lotado José Liberatti, a equipe da casa superou o Sesi SP por 3 sets a 0. Era o décimo título do time e o segundo de Sheilla no Campeonato Paulista. Com 151 pontos assinalados a oposta foi a maior pontuadora da competição.
Em Maringá, o Molico/Osasco havia derrotado o Sesi SP por 3 sets a 1 em jogo pela final da Copa Brasil 2014. Com a vitória inquestionável a capitã Sheilla levantava orgulhosa o troféu conquistado pelo time.
• 9 de fevereiro de 2014:
O Sesi SP havia vencido a terceira final entre os dois times. Dessa vez, a disputa era pelo Campeonato Sul-Americano. O Molico/Osasco ficara com a medalha de prata. Sheilla, sensata que é, reconheceu o bom jogo do rival, mas não quis saber de tristeza. A ordem era manter os pés no chão.
“A derrota não apaga tudo que já fizemos até agora. Participamos de três finais e conquistamos dois títulos. Estamos de cabeça erguida e vamos pensar para frente, não temos tempo de ficar lamentando a derrota. Sabemos que temos coisas que precisamos melhorar e vamos em busca disso. Elas estão de parabéns e tiveram todos os méritos na conquista”- disse.
• 19 de abril de 2014
Diria eu ter sido este o momento mais triste dessa jornada. O improvável acontecera e o precisamos admitir o óbvio: não dá para ganhar todas. (ver texto). Após uma campanha impressionante, desenhada com recordes e vitórias o Molico/Osasco tropeçou e foi eliminado da edição 2013/14 da Superliga feminina após perder por 3 sets a 2 pelo Sesi.
O choque foi geral. No sembante de todos: a inacreditabilidade. Lágrimas diversas. Sheilla bem tentara, fizera provavelmente sua melhor partida na competição, mas não deu. O time estava machucado, torcedores feridos. Foi difícil, difícil chorar e mais ainda ver chorar, mas, como tudo na vida, passou.
• 11 de maio de 2014
Como alguns já supunham seria esta a última partida de Sheilla com a camisa do Molico/Osasco. A final do Mundial encerrava também a temporada da equipe osasquense.
Com duas vitórias e duas derrotas, o Osasco de Sheilla encerrou a disputa na segunda colocação. A medalha foi de prata, mas o time provou ser ouro.
Em sua conta no instagram, Sheilla agradecia pela temporada. Talvez tenha sido este o primeiro indício da iminente mudança. "Como é triste o final de uma temporada tão gostosa... Como é triste perder uma final... Sei o quanto lutamos pra chegar aqui, o quanto treinamos, conversamos, nos unimos. Tenho muito orgulho de ter feito parte desta familia... Família Nestle, familia Molico, familia Osasco. Comissão, atletas, patrocinadores, prefeitura, fãs, como é gostoso trabalhar com vocês! Muito obrigada de coração! Apesar de não termos conseguido o tão desejado bi mundial, tenho muito orgulho deste time!!! Cada um tem um lugar especial no meu coração! Amo vocês!" - escreveu a atleta.
Dois anos se passaram desde a transferência de Sheilla para o Osasco. Foram dois anos maravilhosos. Dois anos de alegrias. Dois anos de vitórias. Em sua passagem pelo Osasco, Sheilla subiu ao pódio inúmeras vezes. Sagrou-se Bicampeã Paulista (2012 e 2013), Campeã Mundial (2012), Campeã Sul-Americana (2012) e Vice-campeã (2014) . Campeã da Copa Brasil (2014). E nas duas Superligas disputadas com a camisa osasquense ficou com a prata (2012/13) e com o bronze (2013/14).