Sheilla pronta para a decisão contra o seu ex-time,
o Rio. Foto: Marcos Ribolli/Globoesporte.com |
A fratura no pé esquerdo, pouco antes
do início da Superliga, não incomoda mais Sheilla. A oposta do Osasco voltou a
sorrir, a se sentir à vontade em quadra e a fazer o que sabe de melhor: cravar
a bola na quadra adversária. Depois de uma fase classificatória inconsistente,
ela cresceu nos playoffs e foi um dos pilares da sua equipe nos confrontos
diante do Minas (quartas de final) e do Campinas (semifinal). Sheilla explica
tal evolução justamente na reta final da competição e se diz pronta para
decidir mais uma vez, agora na disputa pelo título, contra o Rio de Janeiro,
seu ex-clube.
- Procuro chegar ao final da
competição na melhor forma física possível, acho que estou melhor porque estou
mais concentrada também. Eu me foco jogo a jogo, fico só imaginando o momento
da final. Jogo melhor nessa fase (de decisões). Não só eu, a maioria das
jogadoras atua melhor nos playoffs. Tento ajudar as meninas em todos os
momentos, dentro e fora de quadra. Temos um grupo bem maduro. Às vezes eu ajudo
e às vezes são elas que me ajudam - conta a oposta, eleita em fevereiro a
melhor do mundo em sua posição por um site italiano especializado em vôlei.
e é decisão, Sheilla resolve. Foi
entre cortadas improváveis que a oposta liderou a seleção brasileira ao
bicampeonato olímpico no ano passado, em Londres, também crescendo na reta
final. Os torcedores do Osasco esperam que esse filme possa se repetir neste
domingo, inclusive com a cena da oposta no topo do pódio mais uma vez. Ela e
suas companheiras de time entram na quadra do ginásio do Ibirapuera às 10h para
a nona decisão consecutiva da Superliga contra o rival Rio de Janeiro.
Sem medo Sheilla encara o bloqueio de Campinas de Zé Roberto. Foto: Felipe Christ/Amil |
Sheilla está a poucos dias de subir
ao altar, mas o casamento fica em segundo plano no momento. Mesmo as conversas
com o noivo, Breno, auxiliar do time de basquete do Pinheiros, são sobre o
duelo com o Rio de Janeiro, tamanha a ansiedade da oposta para a decisão.
- Meu noivo é técnico de basquete,
então ele entende. Não tem como. Não tem muito o que fazer para conter a
ansiedade. O remédio é treinar para passar mais rápido as horas. Passei em
frente ao Ibirapuera na semana passada e já acelerou o coração, tirei até uma
foto do ginásio. Isso é gostoso.
Encarar uma Sheilla concentrada, em
alta e cheia de vontade não é tarefa fácil. Mesmo fortes seleções como Rússia e
Estados Unidos sucumbiram diante da jogadora. Ao menos o Rio de Janeiro sabe
bem o que vai enfrentar. Resta saber se isso será suficiente para pará-la.
(Fonte: Globoesporte)