Em Saquarema, José Roberto Guimarães lapida uma
nova geração de talentos para a seleção brasileira feminina. Mas, enquanto
prepara o grupo que disputará torneios na Suíça e na Itália em maio e junho, o
treinador já pensa no segundo semestre e nos reforços que terá a sua
disposição. Mesmo tendo dispensado as bicampeãs olímpicas Sheilla, Thaísa e Fabiana dos compromissos do
time nacional no primeiro semestre, o técnico revelou que a oposta já está com
saudades da rotina de treinamentos.
Sheilla está na seleção há uma década. Um dos principais nomes do time nos últimos dos ciclos olímpicos, a oposta já tinha planejado o descanso após os Jogos de Londres. Vice-campeã da Superliga com o Osasco, a mineira se casou no final de abril, viajou em Lua de Mel e só interrompeu as férias para participar de uma reunião na sede da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), no Rio de Janeiro, para definir mudanças no calendário do vôlei nacional.
Nesta ocasião, a atleta se encontrou com o técnico José Roberto Guimarães. O comandante conta que, desde então, tanto Sheilla quanto as centrais Thaísa e Fabiana passaram a seguir um programa de condicionamento físico do preparador da seleção, Zé Inácio, para manterem a melhor forma possível enquanto estiverem ausentes do grupo nacional.
- Encontrei com a Sheilla e a Thaísa numa reunião que tivemos na Confederação para tratar de calendário, e a Sheilla me falou que não aguenta mais ficar parada. Falou “Não dá para a gente voltar?” (risos) A gente sabe que elas precisam descansar mas, por outro lado, elas sentem falta de estar em atividade, de estarem treinando. Elas já começaram alguma coisa com o Zé Elias, que é o preparador físico da seleção. Zé já passou um trabalho para elas desde a semana passada, já estão se cuidando, já estão em treinamento – disse o tricampeão olímpico.
Com a manutenção da maior parte do grupo que o ajudou a triunfar em solo olímpico
pela terceira vez na carreira, Zé Roberto frisou que todas as atletas sob seu
comando precisam constantemente provar que são merecedoras de uma oportunidade.
Com discurso de que as portas estão sempre abertas, o treinador deixou claro
que pode experimentar novos e antigos nomes em busca do time ideal para 2016.